Olhar e agir com misericórdia, como Jesus, Maria e José. (Semente Josefina. Março/2019)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Olhar e agir com misericórdia, como Jesus, Maria e José.

“O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa”. (Papa Bento XVI, 19/03/2006)

Na Semente Josefina de setembro de 2018 começamos a refletir sobre Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai (Sobre o Chamado à Santidade no Mundo Atual) tendo por modelo e exemplo a ser seguido a pessoa de São José. Naquela Semente Josefina vimos que o Papa Francisco, nos ensina que o chamado à santidade é destinado a todos.  Vejamos:

Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.

No mesmo documento, nos itens 63 e 64, o Papa Francisco nos ensina que

Assim, se um de nós se questionar sobre «como fazer para chegar a ser um bom cristão», a resposta é simples: é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida.

Nesta Semente Josefina continuamos refletindo sobre as Bem-aventuranças com o Papa Francisco, e veremos que na Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, nos itens de 80 a 82, o Papa nos exorta: “sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”. Vejamos:

«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7)

80. A misericórdia tem dois aspetos: é dar, ajudar, servir os outros, mas também perdoar, compreender. Mateus resume-o numa regra de ouro: «o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles» (7, 12). O Catecismo lembra-nos que esta lei se deve aplicar «a todos os casos», especialmente quando alguém «se vê confrontado com situações que tornam o juízo moral menos seguro e a decisão difícil».

81. Dar e perdoar é tentar reproduzir na nossa vida um pequeno reflexo da perfeição de Deus, que dá e perdoa superabundantemente. Por esta razão, no Evangelho de Lucas, já não encontramos «sede perfeitos» (Mt 5, 48), mas «sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado» (6, 36-38). E depois Lucas acrescenta algo que não deveríamos transcurar: «a medida que usardes com os outros será usada convosco» (6,38). A medida que usarmos para compreender e perdoar será aplicada a nós para nos perdoar. A medida que aplicarmos para dar, será aplicada a nós no céu para nos recompensar. Não nos convém esquecê-lo.

82. Jesus não diz «felizes os que planeiam vingança», mas chama felizes aqueles que perdoam e o fazem «setenta vezes sete» (Mt 18, 22). É necessário pensar que todos nós somos uma multidão de perdoados. Todos nós fomos olhados com compaixão divina. Se nos aproximarmos sinceramente do Senhor e ouvirmos com atenção, possivelmente uma vez ou outra escutaremos esta repreensão: «não devias também ter piedade do teu companheiro como Eu tive de ti?» (Mt 18, 33).

Olhar e agir com misericórdia: isto é santidade.

É preciso olhar e agir com misericórdia, e fazê-lo como o fizeram Jesus, Maria e José.

Para compreendermos a importância e a necessidade de todo cristão aprender a olhar e agir com misericórdia o Papa Francisco nos presentou com o Ano Santo da Misericórdia, que vivenciamos de dezembro de 2015 a novembro de 2016. Naquela ocasião o Papa nos relembrou esta nossa missão:

“Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinais eficazes do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes”.

Neste Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada ainda mais a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas.

Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo”. (Papa Francisco, 2015).

Eis a nossa missão: olhar e agir com misericórdia, e fazê-lo como o fizeram Jesus, Maria e José. Mas, seremos capazes de atender ao chamado do Papa? Com certeza sim, se formos fiéis ao chamado e seremos tanto mais eficazes seremos na realização da missão quanto mais estivermos cientes de que não estamos sozinhos. São José, o Pai e Educador de Jesus Misericordioso, caminha conosco.

“O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. (Papa Bento XVI)

O grão de mostarda é considerado a menor semente entre as que germinam na horta e no entanto se desenvolvem tanto que chegam a ser uma árvore: por isso representam bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. Com efeito, os grandes santos chegaram á sua santidade não tanto pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são raras, mas com os atos repetidos e incessantes de pequenas virtudes. Assim São José, não fez coisas extraordinárias: mas com a prática das virtudes ordinárias e comuns chegou àquela santidade que o eleva sobre todos os demais santos. Também Jesus não fez sempre atos extraordinários e heroicos, como deixar sua mãe e morrer na cruz, mas quantos pequenos atos de virtude fez Ele e com quanto méritos. (São José Marello)

É preciso olhar e agir com misericórdia tendo José e Maria como exemplos. Falaremos sobre isso em outras Sementes Josefinas.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco: “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinais eficazes do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes”.

5 Compromisso do Mês

Praticar ações concretas de perdão e doação e fazê-las com misericórdia, tratando a outra pessoa como irmão, ou irmã, em Cristo. Este será um bom modo de celebrarmos bem o mês de São José.

Oração Final

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