1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
Reagir com humilde mansidão, como Jesus, Maria e José.
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5, 5)
Na Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, nos itens de 71 a 74, o Papa Francisco nos exorta que “para chegar a ser um bom cristão é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. E que isso inclui “reagir com humilde mansidão”. Vejamos:
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5, 5)
- É uma frase forte, neste mundo que, desde o início, é um lugar de inimizade, onde se litiga por todo o lado, onde há ódio em toda a parte, onde constantemente classificamos os outros pelas suas ideias, os seus costumes e até a sua forma de falar ou vestir. Em suma, é o reino do orgulho e da vaidade, onde cada um se julga no direito de elevar-se acima dos outros. Embora pareça impossível, Jesus propõe outro estilo: a mansidão. É o que praticava com os seus discípulos, e contemplamos na sua entrada em Jerusalém: «aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho» (Mt 21, 5; cf. Zc 9, 9).
- Disse Ele: «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito» (Mt 11, 29). Se vivemos tensos, arrogantes diante dos outros, acabamos cansados e exaustos. Mas, quando olhamos os seus limites e defeitos com ternura e mansidão, sem nos sentirmos superiores, podemos dar-lhes uma mão e evitamos de gastar energias em lamentações inúteis. Para Santa Teresa de Lisieux, «a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas».
- A mansidão é outra expressão da pobreza interior, de quem deposita a sua confiança apenas em Deus. De facto, na Bíblia, usa-se muitas vezes a mesma palavra anawin para se referir aos pobres e aos mansos. Alguém poderia objetar: «Mas, se eu for assim manso, pensarão que sou insensato, estúpido ou frágil». Talvez seja assim, mas deixemos que os outros pensem isso. É melhor sermos sempre mansos, porque assim se realizarão as nossas maiores aspirações: os mansos «possuirão a terra», isto é, verão as promessas de Deus cumpridas na sua vida. Porque os mansos, independentemente do que possam sugerir as circunstâncias, esperam no Senhor, e aqueles que esperam no Senhor possuirão a terra e gozarão de imensa paz (cf. Sal 37/36, 9.11). Ao mesmo tempo, o Senhor confia neles: «é nos humildes de coração contrito que os meus olhos se fixam, pois escutam a minha palavra com respeito» (Is 66, 2).
Reagir com humilde mansidão: isto é santidade.
Escutar a palavra do Senhor com respeito. Esperar no Senhor, com inabalável confiança. Reagir com humilde mansidão e prontidão. Eis três características que o Papa Francisco aponta como parte essencial do “estilo de vida proposto por Jesus”: a mansidão.
Estas três características, as encontramos plenamente desenvolvidas em São José. Diversos foram aos Papas e Santos que se manifestaram confiantes em enfrentar momentos difíceis, ou desafios importantes, sabendo que podiam contar como o “patrocínio” e o “exemplo” de São José. Vejamos alguns:
São Pio XII: “Permanecei conosco, ó São José, nos nossos momentos de prosperidade, quando tudo nos convida a gozar honestamente dos frutos de nossas fadigas; mas, sobretudo, permanecei conosco e sustentai-nos nas horas de tristeza quando parece que o céu quer fechar-se sobre nós e até os instrumentos de nosso trabalho vão escapar de nossas mãos”.
São José Marello: “Indica-nos, São José, o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mau o caminho, enxergue-se ou não a meta com a vista humana, contigo, São José, estamos certos de que sempre caminhamos bem”.
São João Paulo II: “É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e amadurecido de servir e de “participar” na economia da salvação”. (Redemptoris Custos)
São João Paulo II: Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX, desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o «Patrono da Igreja católica». (42) Esse Sumo Pontífice sabia que não estava a levar a efeito um gesto peregrino, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, «a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu». (Redemptoris Custos)
São João Paulo II. Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: «As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do facto de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (…). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo». (Redemptoris Custos)
Escutar a palavra do Senhor com respeito, imitando São José e contando com sua paternal presença.
Esperar no Senhor, com inabalável confiança, imitando São José e contando com sua paternal presença.
Reagir com humilde mansidão e prontidão, imitando São José e contando com sua paternal presença.
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco: “É melhor sermos sempre mansos, porque assim se realizarão as nossas maiores aspirações: os mansos «possuirão a terra», isto é, verão as promessas de Deus cumpridas na sua vida. Porque os mansos, independentemente do que possam sugerir as circunstâncias, esperam no Senhor, e aqueles que esperam no Senhor possuirão a terra e gozarão de imensa paz. Ao mesmo tempo, o Senhor confia neles: «é nos humildes de coração contrito que os meus olhos se fixam, pois escutam a minha palavra com respeito».
5 Compromisso do Mês
Praticar a “humilde mansidão” e a “confiança no Senhor”, olhando os “limites e defeitos” do próximo “com ternura e mansidão.
6 Oração Final
