Reagir com humilde mansidão, como Jesus, Maria e José. (Semente Josefina. Dezembro/2018)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Reagir com humilde mansidão, como Jesus, Maria e José.

 “Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5, 5)

Na Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, nos itens de 71 a 74, o Papa Francisco nos exorta que “para chegar a ser um bom cristão é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. E que isso inclui “reagir com humilde mansidão”. Vejamos:

“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5, 5)

  1. É uma frase forte, neste mundo que, desde o início, é um lugar de inimizade, onde se litiga por todo o lado, onde há ódio em toda a parte, onde constantemente classificamos os outros pelas suas ideias, os seus costumes e até a sua forma de falar ou vestir. Em suma, é o reino do orgulho e da vaidade, onde cada um se julga no direito de elevar-se acima dos outros. Embora pareça impossível, Jesus propõe outro estilo: a mansidão. É o que praticava com os seus discípulos, e contemplamos na sua entrada em Jerusalém: «aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho» (Mt 21, 5; cf. Zc 9, 9).
  2. Disse Ele: «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito» (Mt 11, 29). Se vivemos tensos, arrogantes diante dos outros, acabamos cansados e exaustos. Mas, quando olhamos os seus limites e defeitos com ternura e mansidão, sem nos sentirmos superiores, podemos dar-lhes uma mão e evitamos de gastar energias em lamentações inúteis. Para Santa Teresa de Lisieux, «a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas».
  3. A mansidão é outra expressão da pobreza interior, de quem deposita a sua confiança apenas em Deus. De facto, na Bíblia, usa-se muitas vezes a mesma palavra anawin para se referir aos pobres e aos mansos. Alguém poderia objetar: «Mas, se eu for assim manso, pensarão que sou insensato, estúpido ou frágil». Talvez seja assim, mas deixemos que os outros pensem isso. É melhor sermos sempre mansos, porque assim se realizarão as nossas maiores aspirações: os mansos «possuirão a terra», isto é, verão as promessas de Deus cumpridas na sua vida. Porque os mansos, independentemente do que possam sugerir as circunstâncias, esperam no Senhor, e aqueles que esperam no Senhor possuirão a terra e gozarão de imensa paz (cf. Sal 37/36, 9.11). Ao mesmo tempo, o Senhor confia neles: «é nos humildes de coração contrito que os meus olhos se fixam, pois escutam a minha palavra com respeito» (Is 66, 2).

Reagir com humilde mansidão: isto é santidade.

Escutar a palavra do Senhor com respeito. Esperar no Senhor, com inabalável confiança. Reagir com humilde mansidão e prontidão. Eis três características que o Papa Francisco aponta como parte essencial do “estilo de vida proposto por Jesus”: a mansidão.

Estas três características, as encontramos plenamente desenvolvidas em São José. Diversos foram aos Papas e Santos que se manifestaram confiantes em enfrentar momentos difíceis, ou desafios importantes, sabendo que podiam contar como o “patrocínio” e o “exemplo” de São José. Vejamos alguns:

São Pio XII: “Permanecei conosco, ó São José, nos nossos momentos de prosperidade, quando tudo nos convida a gozar honestamente dos frutos de nossas fadigas; mas, sobretudo, permanecei conosco e sustentai-nos nas horas de tristeza quando parece que o céu quer fechar-se sobre nós e até os instrumentos de nosso trabalho vão escapar de nossas mãos”.

São José Marello: “Indica-nos, São José, o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mau o caminho, enxergue-se ou não a meta com a vista humana, contigo, São José, estamos certos de que sempre caminhamos bem”.

São João Paulo II: “É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e amadurecido de servir e de “participar” na economia da salvação”. (Redemptoris Custos)

São João Paulo II: Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX, desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o «Patrono da Igreja católica». (42) Esse Sumo Pontífice sabia que não estava a levar a efeito um gesto peregrino, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, «a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu». (Redemptoris Custos)

São João Paulo II. Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: «As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do facto de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (…). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo». (Redemptoris Custos)

Escutar a palavra do Senhor com respeito, imitando São José e contando com sua paternal presença.

Esperar no Senhor, com inabalável confiança, imitando São José e contando com sua paternal presença.

Reagir com humilde mansidão e prontidão, imitando São José e contando com sua paternal presença.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco: “É melhor sermos sempre mansos, porque assim se realizarão as nossas maiores aspirações: os mansos «possuirão a terra», isto é, verão as promessas de Deus cumpridas na sua vida. Porque os mansos, independentemente do que possam sugerir as circunstâncias, esperam no Senhor, e aqueles que esperam no Senhor possuirão a terra e gozarão de imensa paz. Ao mesmo tempo, o Senhor confia neles: «é nos humildes de coração contrito que os meus olhos se fixam, pois escutam a minha palavra com respeito».

5 Compromisso do Mês

Praticar a “humilde mansidão” e a “confiança no Senhor”, olhando os “limites e defeitos” do próximo “com ternura e mansidão.

Oração Final

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