Todos somos chamados a viver as Bem-aventuranças, sob o olhar de São José. (Semente Josefina. Outubro/2018)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Todos somos chamados a viver as Bem-aventuranças, sob o olhar de São José.

O crescimento de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» (Lc 2, 52), deu-se no âmbito da Sagrada Família, sob o olhar de São José, que tinha a alta função de o «criar»; ou seja, de alimentar, vestir e instruir Jesus na Lei e num ofício, em conformidade com os deveres estabelecidos para o pai”. (São João Paulo II, Papa, Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 16)

Assim, se um de nós se questionar sobre «como fazer para chegar a ser um bom cristão», a resposta é simples: é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida. (Papa Francisco. Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai. 63)

Na Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai (Sobre o Chamado à Santidade no Mundo Atual), em seu item 14, o Papa Francisco, nos ensina que o chamado à santidade é destinado a todos.  Vejamos:

Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.

És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação.

Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja.

És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos.

És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus.

Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais.

No mesmo documento, nos itens 63 e 64, o Papa Francisco nos ensina que há muitas teorias sobre a santidade, e que as mesmas podem ser úteis para o nosso crescimento, mas que “não h não há nada de mais esclarecedor do que voltar às palavras de Jesus e recolher o seu modo de transmitir a verdade. Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; fê-lo quando nos deixou as bem-aventuranças”. Vejamos:

Sobre a essência da santidade, podem haver muitas teorias, abundantes explicações e distinções. Uma reflexão do gênero poderia ser útil, mas não há nada de mais esclarecedor do que voltar às palavras de Jesus e recolher o seu modo de transmitir a verdade. Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; fê-lo quando nos deixou as bem-aventuranças (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23). Estas são como que o bilhete de identidade do cristão.

Assim, se um de nós se questionar sobre «como fazer para chegar a ser um bom cristão», a resposta é simples: é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida.

A palavra «feliz» ou «bem-aventurado» torna-se sinônimo de «santo», porque expressa que a pessoa fiel a Deus e que vive a sua Palavra alcança, na doação de si mesma, a verdadeira felicidade.

Destes ensinamentos do Papa Francisco podemos então aprender ao menos duas verdades sobra a felicidade e a santidade:

(1) Para chegar a ser um bom cristão é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças”.

(2) No sermão das bem-aventuranças “está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida”.

Quando o Papa Francisco nos fala de “chegar a ser”, nos indica que há um caminho a percorrer, como ele mesmo disse explicitamente em outra parte da exortação. Quando o Para Francisco nos fala que devemos “transparecer no dia-a-dia da nossa vida” o “rosto do Mestre”, nos indica a grandiosidade das virtudes simples, cotidianas e vividas na intimidade com Cristo.

Nas próximas edições das Semente Josefinas iremos aprofundar estes ensinamentos do Papa Francisco refletindo sobre as bem-aventuranças. Nesta Semente Josefina lembramos que Jesus, o Mestre, escolheu para sua formação, seu “crescimento” como consta no Evangelho, o ambiente do Lar de Nazaré e o convívio na Sagrada Família de Nazaré. O Papa São João Paulo II e São José Marello assim resumiram esta opção de Jesus:

O crescimento de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» (Lc 2, 52), deu-se no âmbito da Sagrada Família, sob o olhar de São José, que tinha a alta função de o «criar»; ou seja, de alimentar, vestir e instruir Jesus na Lei e num ofício, em conformidade com os deveres estabelecidos para o pai. (Papa São João Paulo II. Redemptoris Custos, 16).

Imensas são as vantagens que se tiram da união com Deus no santo recolhimento. Vejam a Jesus, Maria e José, os três maiores personagens que viveram nesta terra. Que faziam eles em Nazaré? Nada de grande e extraordinário aparentemente; não se dedicavam senão a ocupações humildes e ordinárias, próprias de uma família de trabalhadores. Mas estando eles animados pelo espírito de oração e de união com Deus todas as suas ações assumiam um valor e esplendor imenso aos olhos do céu. Não se trata, pois, de fazer ações extraordinárias, senão de fazer em cada coisa a vontade de Deus. Sejam pequenos ou grandes os trabalhos que nos tenham sido designados, basta que os façamos por obediência à vontade de Deus e conseguiremos neles grandes méritos. (São José Marello)

Existe um “caminho” a ser percorrido “para chegar a ser um bom cristão”. Mas não estamos sozinhos nesta caminhada. São José se dispõe a indicar o caminho e a caminhar conosco.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco: “Assim, se um de nós se questionar sobre «como fazer para chegar a ser um bom cristão», a resposta é simples: é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida”,

5 Compromisso do Mês

Ler as passagens do Evangelho em que se registram as bem-aventuranças (Mt 5, 3-12 e Lc 6, 20-23) e refletir sobre como Jesus, José e Maria as viveram no cotidiano de suas vidas.

Oração Final

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