1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
Todos somos chamados a viver as virtudes da Sagrada Família.
“José foi a seu tempo legítimo e natural guarda, chefe e defensor da divina Família. É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo”. (São João Paulo II, Papa, Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 28)
Na Semente Josefina anterior refletimos sobre o ensinamento do Papa Francisco, através da Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, e vimos que cada pessoa deve “discernir o seu próprio caminho” e “dar o melhor de si”. Vejamos:
«Cada um por seu caminho», diz o Concílio. Por isso, uma pessoa não deve desanimar, quando contempla modelos de santidade que lhe parecem inatingíveis. Há testemunhos que são úteis para nos estimular e motivar, mas não para procurarmos copiá-los, porque isso poderia até afastar-nos do caminho, único e específico, que o Senhor predispôs para nós. Importante é que cada crente discirna o seu próprio caminho e traga à luz o melhor de si mesmo, quanto Deus colocou nele de muito pessoal (cf. 1 Cor 12, 7), e não se esgote procurando imitar algo que não foi pensado para ele. Todos estamos chamados a ser testemunhas, mas há muitas formas existenciais de testemunho.
Como nos ensinou o Papa, “há testemunhos que são úteis para nos estimular e motivar, mas não para procurarmos copiá-los, porque isso poderia até afastar-nos do caminho, único e específico, que o Senhor predispôs para nós”.
São José Marello, a seu tempo já nos ensinava que “podemos santificar-nos na medida e modo que mais agrada a Deus, qualquer que seja nossa índole e nosso caráter”. Vejamos:
Nós não devemos dizer: aquele santo fez assim, eu quero fazer o mesmo, porque devemos imitar aos santos em suas virtudes, e não nas particularidades de sua vida nem nas formas de atividades exteriores às quais eram levados por seu caráter ou pelo impulso do Espírito Santo.
Um por sua natureza é alegre e expansivo, por que deveria fazer violência para ser silencioso, sério e austero? Outro, ao contrário, se sente levado por sua natureza à reflexão, ao recolhimento e por que querer fazê-lo jovial, alegre, expansivo? Devem ser corrigidos os defeitos e moderados os excessos, mas não se deve pretender violentar o caráter para fazer o oposto do que somos por natureza. Jesus nos deixa nisto plena liberdade e se nós seguirmos dócil e simplesmente às divinas inspirações podemos santificar-nos na medida e modo que mais agrada a Deus, qualquer que seja nossa índole e nosso caráter.
Refletimos também na Semente Josefina anterior que além desta dimensão pessoal, também na dimensão comunitária Deus propõe a cada Família Religiosa um carisma específico: um projeto único e irrepetível.
Refletimos, ainda, que algumas características deste seguimento devem ser compartilhadas por todos, e citamos como exemplo a centralidade em Cristo, a Palavra, o Magistério, a unidade litúrgica e a devoção à José e à Maria.
A devoção aos Santos Esposos é um grande dom que Deus concede às diversas Famílias Religiosas, Dioceses, Institutos, e através dela temos a oportunidade, e, portanto, também a vocação e o compromisso, de unirmos nossos esforços em prol de um outro bem comum e preciso a todos os carismas: a família. Como nos ensinou o Papa Francisco na Exortação Apostólica A Alegria do Amor, em seu item 87, “a família é um bem para a Igreja” e “compete a toda a comunidade cristã preservar este dom”. Vejamos:
A Igreja é família de famílias, constantemente enriquecida pela vida de todas as igrejas domésticas. Assim, «em virtude do sacramento do matrimónio, cada família torna-se, para todos os efeitos, um bem para a Igreja. Nesta perspectiva, será certamente um dom precioso, para o momento atual da Igreja, considerar também a reciprocidade entre família e Igreja: a Igreja é um bem para a família, a família é um bem para a Igreja. A salvaguarda deste dom sacramental do Senhor compete não só à família individual, mas a toda a comunidade cristã»
São João Paulo II, na Exortação Apostólica Redemptoris Custos, em seu item 28, nos relembra os motivos pelos quais a Igreja, na pessoa do Papa Pio IX, em um momento especialmente difícil, se confiou à “especial proteção de São José” e a ele recorre com grande confiança. Ouçamos o Papa:
Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX, desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o “Patrono da Igreja católica”. Esse Sumo Pontífice sabia que não estava realizando um gesto descabido, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, “a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu”.
Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: “As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do fato de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (…). José foi a seu tempo legítimo e natural guarda, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo”.
O Papa Bento XVI, em 25/09/2009, pediu aos bispos que visitavam no Vaticano para que dirigissem aos seus sacerdotes e os centros pastorais de suas dioceses seu pedido de “acompanhar as famílias”:
“Para ajudar as famílias, vos exorto a propor-lhes, com convicção, as virtudes da Sagrada Família: a oração, pedra angular de todo lar fiel à sua própria identidade e missão; a laboriosidade, eixo de todo o matrimônio maduro e responsável; o silêncio, cimento de toda a atividade livre e eficaz. Desse modo, encorajo os vossos sacerdotes e os centros pastorais das vossas dioceses a acompanhar as famílias, para que não sejam iludidas e seduzidas por certos estilos de vida relativistas, que as produções cinematográficas e televisivas e outros meios de informação promovem”.
“Cada um por seu caminho”, mas juntos e com convicção, nos empenhemos em propor para as Famílias e para a Igreja as virtudes da Sagrada Família.
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa Leão XIII: “É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo. E sobre as palavras do Papa Bento XVI: “Para ajudar as famílias, vos exorto a propor-lhes, com convicção, as virtudes da Sagrada Família: a oração, pedra angular de todo lar fiel à sua própria identidade e missão; a laboriosidade, eixo de todo o matrimônio maduro e responsável; o silêncio, cimento de toda a atividade livre e eficaz”.
5 Compromisso do Mês
Dialogar em família, ou na Família Religiosa, sobre como podemos, com convicção, nos empenhemos em propor para as Famílias e para a Igreja as virtudes da Sagrada Família.
6 Oração Final
