São José sempre esteve conosco…
São José, o Patrono da Igreja, o Guarda do Redentor, Pai de Jesus Misericordioso, caminha conosco. Entre tantos outros, citemos a inovação de três santos, que a seu tempo e perante os desafios que então se lhes apresentavam, recorreram com confiança a São José:
São Pio XII:
“Permanecei conosco, ó São José, nos nossos momentos de prosperidade, quando tudo nos convida a gozar honestamente dos frutos de nossas fadigas; mas, sobretudo, permanecei conosco e sustentai-nos nas horas de tristeza quando parece que o céu quer fechar-se sobre nós e até os instrumentos de nosso trabalho vão escapar de nossas mãos”.
São José Marello:
“Indica-nos, São José, o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mau o caminho, enxergue-se ou não a meta com a vista humana, contigo, São José, estamos certos de que sempre caminhamos bem”.
E, São João Paulo II:
“É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e amadurecido de servir e de “participar” na economia da salvação”.
“Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática. Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos.
Neste Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada ainda mais a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas.
Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo“. (Papa Francisco, 2015).
“Eu sou José, Esposo de Maria e Pai Putativo de Jesus Se quereis agradecer-me e fazer alguma coisa que me seja agradável, não deixeis de rezar todos os dias e devotamente sete vezes o Pai nosso e sete vezes a Ave Maria em memória das sete dores e alegrias com as quais a minha alma foi afligida na Terra, e em memória das sete alegrias que consolaram o meu Coração quando vivi no mundo com Jesus e Maria”.
“Dores e alegrias são a vida cotidiana de todo o ser humano, e fazem crescer, ser gente e ser cristão. Mas, é, sobretudo, na vida do povo humilde, na realidade dura e sofrida, que dores e alegrias são vividas com mais intensidade, e com a simplicidade da fé e da gratuidade. São José, o humilde carpinteiro de Nazaré, se identifica com tantos pais de família, com problemas de trabalho, de emprego, de moradia. José está vivo hoje nos vários “Zé” do nosso Brasil: nos João, nos Severino, Gumercindo… Que vivem com fé em Deus numa terrível luta pela sobrevivência. Sob esta perspectiva, as dores e alegrias de São José são mais vivas do que nunca: vivas porque reais, vivas porque acontecem hoje, ao nosso redor. Deixam de ser uma devoção, e se tornam nossa história“.
