São José: intercessor, amparo e guia nos momentos de dificuldade. (Semente de Espiritualidade Josefina. Março/2021)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

São José: intercessor, amparo e guia nos momentos de dificuldade.

“Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. (Papa Francisco)”.[1]

O Papa Francisco registra em sua Carta Apostólica “Patris Corde” (com Coração de Pai), que São José foi muito amado pelos seus antecessores, os quais dedicaram a São José importantes documentos da Igreja. Vejamos:

Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o «Padroeiro da Igreja Católica»[2], o Venerável Pio XII apresentou-o como «Padroeiro dos operários»;[3] e São João Paulo II, como «Guardião do Redentor».[4] O povo invoca-o como «padroeiro da boa morte».[5]

O Papa Francisco esclarece na Carta Apostólica “Patris Corde” (com Coração de Pai) que o seu desejo de escrever um documento sobre São José sempre existiu em seu coração de Pastor, e que este desejo cresceu ao longo do difícil tempo de enfrentamento da pandemia.[6] O Papa testemunha que percebeu nas pessoas que se dedicam, silenciosamente e heroicamente, a cuidar de outras pessoas afetadas pela pandemia, o mesmo amor concretizado em serviço que ele, o Papa, também percebeu em São José.  O Para testemunha ter descoberto em São José, uma “figura extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós”. Ouçamos o Papa Francisco:

Assim ao completarem-se 150 anos da sua declaração como Padroeiro da Igreja Católica, feita pelo Beato Pio IX a 8 de dezembro de 1870, gostaria de deixar «a boca – como diz Jesus – falar da abundância do coração» (Mt 12, 34), para partilhar convosco algumas reflexões pessoais sobre esta figura extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós.

Tal desejo foi crescendo ao longo destes meses de pandemia em que pudemos experimentar, no meio da crise que nos afeta, que «as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiras e enfermeiros, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. (…)

Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade!

Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos».[6] 

O Papa Francisco, na Carta Apostólica “Patris Corde”, manifestou novamente, como já o tinha feito em ocasiões anteriores, o quanto ele confia em São José. E nos motiva a “encontrarmos” em São José “um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”. Ouçamos o Papa:

Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade.

São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão.

Neste abençoado Ano de São José somos chamados a “encontrar”, ou reencontrar com renovado ardor, em São José nosso modelo de serviço e nosso Pai, como nos motivaram tantos santos e santas da Igreja, a exemplo de São José Marello:

“José foi o primeiro sobre a terra a cuidar dos interesses de Jesus. Ele cuidou dele desde a infância, o protegeu quando jovem e cumpriu a missão de pai nos primeiros trinta anos de sua vida terrestre”. (São José Marello)”.[7]

“Diremos então ao nosso Grande Patriarca (São José): eis-nos aqui todos para ti e tú sê todo para nós. Tú, indica-nos o caminho, sustenta-nos a cada passo e conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos: seja longo ou curto o caminho, fácil ou difícil, quer se veja ou não com os olhos humanos a meta, de pressa ou devagar, contigo estamos seguros de caminhar sempre bem”. (São José Marello)

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras dos Papas Francisco: “Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão.

5 Compromisso do Mês

Celebrar o Mês de São José com confiança filial e zelo pastoral participando das iniciativas promovidas em sua comunidade ou pelas mídias sociais de sua confiança.

6 Oração Final


[1] Papa Francisco. Carta Apostólica Patris Corde (Com Coração de Pai), dezembro de 2020.

[2] Sacra Congregação dos Ritos, Quemadmodum Deus (8 de dezembro de 1870)

[3] Papa Pio XII. Discurso às Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos (ACLI) por ocasião da Solenidade de São José Operário (1 de maio de 1955): 

[4] Papa João Paulo II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos (15 de agosto de 1989)

[5] Catecismo da Igreja Católica, 1014.

[6] O Papa se refere à pandemia causada pelo “coronavírus”.

[7] São José Marello, Bispo e Fundador da Congregação dos Oblatos de São José.

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