1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
São José, Pai na obediência.
“No segundo sonho, o anjo dá esta ordem a José: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar» (Mt 2,13). José não hesitou em obedecer, sem se questionar sobre as dificuldades que encontraria: «E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até a morte de Herodes” (Mt 2, 14-15). (Papa Francisco).[1]
O Papa Francisco destaca que São José cuidou dos interesses de Jesus de um modo singular, exercendo uma missão que na história da Salvação coube somente a ele: José amou Jesus “com coração de pai”[2]. E nos apresenta São José é modelo de obediência à vontade de Deus. E, também, ensina-nos que foi com São José que Jesus aprender a ser obediente ao Pai: até o fim. Vejamos:
Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como Pai na obediência
De forma análoga a quanto fez Deus com Maria, manifestando-Lhe o seu plano de salvação, também revelou a José os seus desígnios por meio de sonhos, que na Bíblia, como em todos os povos antigos, eram considerados um dos meios pelos quais Deus manifesta a sua vontade.
José sente uma angústia imensa com a gravidez incompreensível de Maria: mas não quer «difamá-la», e decide «deixá-la secretamente» (Mt 1, 19). No primeiro sonho, o anjo ajuda-o a resolver o seu grave dilema: «Não temas receber Maria, tua esposa, pois o que Ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1, 20-21). A sua resposta foi imediata: «Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo» (Mt 1, 24). Com a obediência, superou o seu drama e salvou Maria.
No segundo sonho, o anjo dá esta ordem a José: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar» (Mt 2, 13). José não hesitou em obedecer, sem se questionar sobre as dificuldades que encontraria: «E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes» (Mt 2, 14-15).
No Egito, com confiança e paciência, José esperou do anjo o aviso prometido para voltar ao seu país. Logo que o mensageiro divino, num terceiro sonho – depois de o informar que tinham morrido aqueles que procuravam matar o menino –, lhe ordena que se levante, tome consigo o menino e sua mãe e regresse à terra de Israel (cf. Mt 2, 19-20), de novo obedece sem hesitar: «Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel» (Mt 2, 21).
Durante a viagem de regresso, porém, «tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Então advertido em sonhos – e é a quarta vez que acontece – retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré» (Mt 2, 22-23).
Por sua vez, o evangelista Lucas refere que José enfrentou a longa e incômoda viagem de Nazaré a Belém, devido à lei do imperador César Augusto relativa ao recenseamento, que impunha a cada um registar-se na própria cidade de origem. E foi precisamente nesta circunstância que nasceu Jesus (cf. Mt 2, 1-7), sendo inscrito no registo do Império, como todos os outros meninos.
São Lucas, de modo particular, tem o cuidado de assinalar que os pais de Jesus observavam todas as prescrições da Lei: os ritos da circuncisão de Jesus, da purificação de Maria depois do parto, da oferta do primogênito a Deus (cf. 2, 21-24).
Em todas as circunstâncias da sua vida, José soube pronunciar o seu «fiat», como Maria na Anunciação e Jesus no Getsêmani.
Na sua função de chefe de família, José ensinou Jesus a ser submisso aos pais (cf. Lc 2, 51), segundo o mandamento de Deus (cf. Ex 20, 12).
Ao longo da vida oculta em Nazaré, na escola de José, Ele aprendeu a fazer a vontade do Pai. Tal vontade torna-se o seu alimento diário (cf. Jo 4, 34). Mesmo no momento mais difícil da sua vida, vivido no Getsêmani, preferiu que se cumprisse a vontade do Pai, e não a sua, fazendo-Se «obediente até à morte (…) de cruz» (Flp 2, 8). Por isso, o autor da Carta aos Hebreus conclui que Jesus «aprendeu a obediência por aquilo que sofreu» (5, 8).
Vê-se, a partir de todas estas vicissitudes, que «José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos, e é verdadeiramente ministro da salvação»[3].
São José Marello nos ensina que em nossos esforços em dizer com sinceridade – “Pai, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”[4] – não estamos sozinhos. São José é, ao mesmo tempo, exemplo e companheiro de caminhada. Vejamos:
“Diremos ao nosso grande Patriarca: Eis-nos todos para ti e tu sê todo para nós. Tu, ó José, indica-nos o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Quer seja comprido ou curto, quer seja bom ou mau o caminho, quer se enxergue ou não a meta com a vista humana, depressa ou devagar, contigo, ó José, estamos certos de que caminharemos sempre bem.[5] (São José Marello)
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco: “Ao longo da vida oculta em Nazaré, na escola de José, Ele aprendeu a fazer a vontade do Pai. Tal vontade torna-se o seu alimento diário (cf. Jo 4, 34). Mesmo no momento mais difícil da sua vida, vivido no Getsêmani, preferiu que se cumprisse a vontade do Pai, e não a sua, fazendo-Se «obediente até à morte de cruz» (Flp 2, 8).
5 Compromisso do Mês
“Pediremos todos a São José que alcance aos enfermos a saúde e a todos a graça de conhecer e seguir a Divina Vontade”[6].
6 Oração Final
[1] Papa Francisco. Carta Apostólica Patris Corde (com o Coração de Pai), item 3.
[2] Papa Francisco. Carta Apostólica Patris Corde (com o Coração de Pai).
[3] São João Paulo II, Exortação Apostólica Redemptoris Custos (15 de agosto de 1989), 8.
[4] Mateus 6,10.
[5] São José Marello, Bispo e Fundador da Congregação dos Oblatos de São José
[6] Ensinamentos Espirituais de São José Marello. Congregação dos Oblatos de São José.
