1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
São José, uma vida de serviço fundamentada no amor de Deus.
“Despertando do sono, José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa” (Mt 1,24). Ele recebeu-a com todo o mistério da sua maternidade; recebeu-a com o Filho que havia de vir ao mundo, por obra do Espírito Santo: demonstrou deste modo uma disponibilidade de vontade, semelhante à disponibilidade de Maria, em ordem àquilo que Deus lhe pedia por meio do seu mensageiro.[1] (São João Paulo II)
Em sua mensagem para o 58º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações[2] o Papa Francisco lembra que “a vida de São José sugere-nos três palavras-chave para a vocação de cada um. A primeira é sonho”[3]. Após falar sobre os quatro sonhos de São José o Papa nos explica que o mais importante sobre os sonhos é o exemplo de São José que, fez de sua vida um dom a Deus, através da obediência. Vejamos:
Uma segunda palavra marca o itinerário de São José e da vocação: serviço. Dos Evangelhos, resulta como ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo. O Povo santo de Deus chama-lhe castíssimo esposo, desvendando assim a sua capacidade de amar sem nada reservar para si próprio. Libertando o amor de qualquer posse, abriu-se realmente a um serviço ainda mais fecundo: o seu cuidado amoroso atravessou as gerações, a sua custódia solícita tornou-o patrono da Igreja. Ele que soube encarnar o sentido oblativo da vida, é também patrono da boa-morte. Contudo o seu serviço e os seus sacrifícios só foram possíveis, porque sustentados por um amor maior: «Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício. Mesmo no sacerdócio e na vida consagrada, requer-se este género de maturidade. Quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração» (Ibid., 7).
O serviço, expressão concreta do dom de si mesmo, não foi para São José apenas um alto ideal, mas tornou-se regra da vida diária. Empenhou-se para encontrar e adaptar um alojamento onde Jesus pudesse nascer; prodigalizou-se para O defender da fúria de Herodes, apressando-se a organizar a viagem para o Egito; voltou rapidamente a Jerusalém à procura de Jesus que tinham perdido; sustentou a família trabalhando, mesmo em terra estrangeira. Em resumo, adaptou-se às várias circunstâncias com a atitude de quem não desanima se a vida não lhe corre como queria: com a disponibilidade de quem vive para servir. Com este espírito, José empreendeu as viagens numerosas e muitas vezes imprevistas da vida: de Nazaré a Belém para o recenseamento, em seguida para Egito, depois para Nazaré e, anualmente, a Jerusalém, sempre pronto a enfrentar novas circunstâncias, sem se lamentar do que sucedia, mas disponível para dar uma mão a fim de reajustar as situações. Pode-se dizer que foi a mão estendida do Pai Celeste para o seu Filho na terra. Assim não pode deixar de ser modelo para todas as vocações, que a isto mesmo são chamadas: ser as mãos operosas do Pai em prol dos seus filhos e filhas.
Por isso gosto de pensar em São José, guardião de Jesus e da Igreja, como guardião das vocações. Com efeito, da própria disponibilidade em servir, deriva o seu cuidado em guardar. «Levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe» (Mt 2, 14): refere o Evangelho, indicando a sua disponibilidade e dedicação à família. Não perdeu tempo a cismar sobre o que estava errado, para não o subtrair a quem lhe estava confiado. Este cuidado atento e solícito é o sinal duma vocação realizada. É o testemunho duma vida tocada pelo amor de Deus. Que belo exemplo de vida cristã oferecemos quando não seguimos obstinadamente as nossas ambições nem nos deixamos paralisar pelas nossas nostalgias, mas cuidamos de quanto nos confia o Senhor, por meio da Igreja! Então Deus derrama o seu Espírito, a sua criatividade sobre nós; e realiza maravilhas, como em José.
O Papa São João Paulo II é bastante esclarecedor ao nos indicar a grandiosidade do sim de José à vocação recebida de Deus: ele demonstrou total disponibilidade á vontade de Deus, de modo semelhante à Maria, sua esposa. Vejamos:
“Despertando do sono, José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa” (Mt 1,24). Ele recebeu-a com todo o mistério da sua maternidade; recebeu-a com o Filho que havia de vir ao mundo, por obra do Espírito Santo: demonstrou deste modo uma disponibilidade de vontade, semelhante à disponibilidade de Maria, em ordem àquilo que Deus lhe pedia por meio do seu mensageiro.[4] (São João Paulo II)
O Papa São João Paulo II nos ensina, também, que “o sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na sua insondável vida interior”. Vejamos:
A incessante oração e o olhar fixo no modelo altíssimo de santidade do pobre carpinteiro de Nazaré, chamado pelo Evangelho homem justo (cf. Mt 1, 19), pode ser para nós fonte de profunda espiritualidade. «O sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na “sua insondável vida interior, da qual lhe provêm ordens e consolações singularíssimas; dela lhe decorrem também a lógica e a força, própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como foi a de colocar imediatamente à disposição dos desígnios divinos a própria liberdade, a sua legítima vocação humana e a felicidade conjugal, aceitando a condição, a responsabilidade e o peso da família e renunciando, por um incomparável amor virginal, ao natural amor conjugal que constitui e alimenta a mesma família”. Esta submissão a Deus, que é prontidão de vontade para se dedicar às coisas que dizem respeito ao seu serviço, não é mais do que o exercício da devoção, que constitui uma das expressões da virtude da religião»[5] (SÃO João Paulo II.
Que São José, aquele de fez de sua existência um dom a Deus, servindo-o nas pessoas de Maria e Jesus nos acompanhe e nos fortaleça em nosso sim do Senhor.
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa São João Paulo II: “Despertando do sono, José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa” (Mt 1,24). Ele recebeu-a com todo o mistério da sua maternidade; recebeu-a com o Filho que havia de vir ao mundo, por obra do Espírito Santo: demonstrou deste modo uma disponibilidade de vontade, semelhante à disponibilidade de Maria, em ordem àquilo que Deus lhe pedia por meio do seu mensageiro”
5 Compromisso do Mês
Oração pelas vocações leigas e de especial consagração para que todos possam descobrir em São José um companheiro de caminhada que nos ajuda a manter-se fiel ao propósito de servir a Deus conforme a vocação específica de cada um.
6 Oração Final
[1] São João Paulo II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos. Item
[2] Papa Francisco. Mensagem para o 58º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. 25 de abril de 2021.
[3] Papa Francisco. Mensagem para o 58º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. 25 de abril de 2021.
[4] São João Paulo II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos. Item 1.
[5] São João Paulo II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos. Item 26
