
1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
A Sagrada Família nos inspira na caminhada de cada dia
Do exemplo e do testemunho da Sagrada Família, cada família pode obter indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida, e pode haurir força e sabedoria para o caminho de cada dia. Nossa Senhora e São José ensinam a acolher os filhos como dons de Deus, a gerá-los e educá-los cooperando de forma maravilhosa na obra do Criador e doando ao mundo, em cada criança, um novo sorriso. É na família unida que os filhos levam a sua existência ao amadurecimento, vivendo a experiência significativa e eficaz do amor gratuito, da ternura, do respeito recíproco, da compreensão mútua, do perdão e da alegria.[1] (Papa Francisco)
Em 2025 viveremos Ano Santo do Jubileu 2025 e o Papa Franscisco, ao anunciar a realização do Ano Santo 2025, manifestou seu desejo de que o ano anterior ao evento jubilar, o ano 2024, seja a uma grande «sinfonia» de oração. O Centro Internacional Josefino-Marelliano propõe que esta «sinfonia» de oração aconteça tendo como inspiração a Sagrada Família de Nazaré. As Sementes de Espiritualidade Josefina de dezembro de 2023, [2] e de janeiro de 2024, [3] deram início às reflexões sobre como como podemos contar com o exemplo da Sagrada Família em nossa preparação para o Jubileu 2025.
Continuando esta preparação, lembremos que o Papa Bento XVI, na oração do Ângelus no dia da Festa da Sagrada Família de 2009, nos presentou com preciosas orientações e finalizou com uma oração e um pedido: “à Virgem Maria confiamos todas as famílias, rezando sobretudo pela sua preciosa missão educativa”. Ouçamos o Papa Bento XVI: [4]
Queridos irmãos e irmãs!
Celebra-se hoje o domingo da Sagrada Família. Podemos ainda identificar-nos com os pastores de Belém que, logo que receberam o anúncio do anjo, acorreram apressadamente à gruta e encontraram “Maria e José, e o Menino deitado na manjedoura” (Lc 2, 16). Detenhamo-nos também nós a contemplar este cenário, e reflitamos sobre o seu significado.
As primeiras testemunhas do nascimento de Cristo, os pastores, encontraram-se diante não só do Menino Jesus, mas de uma pequena família: mãe, pai e filho recém-nascido. Deus quis revelar-se nascendo numa família humana, e por isso a família humana tornou-se ícone de Deus! Deus é Trindade, é comunhão de amor, e a família é, com toda a diferença que existe entre o Mistério de Deus e a sua criatura humana, uma expressão que reflete o Mistério insondável do Deus amor. O homem e a mulher, criados à imagem de Deus, tornam-se no matrimônio “uma única carne” (Gn 2, 24), isto é, uma comunhão de amor que gera vida nova. A família humana, num certo sentido, é ícone da Trindade pelo amor interpessoal e pela fecundidade do amor.
A liturgia de hoje propõe o célebre episódio evangélico de Jesus aos 12 anos que permanece no Templo, em Jerusalém, sem que os seus pais o soubessem, os quais, admirados e preocupados, ali o encontram depois de três dias que discute com os doutores. Quando a mãe lhe pede explicações, Jesus responde que deve “estar na propriedade”, na casa do seu Pai, isto é, de Deus (cf. Lc 2, 49). Neste episódio o jovem Jesus demonstra-se cheio de zelo por Deus e pelo Templo. Perguntemos: de quem tinha aprendido Jesus o amor pelas “coisas” de seu Pai? Certamente como filho teve um conhecimento íntimo do seu Pai, de Deus, uma profunda relação pessoal e permanente com Ele, mas, na sua cultura concreta, aprendeu com certeza dos seus pais as orações, o amor pelo Templo e pelas Instituições de Israel. Portanto, podemos afirmar que a decisão de Jesus de permanecer no Templo era sobretudo fruto da sua relação íntima com o Pai, mas também fruto da educação recebida de Maria e de José.
Podemos entrever nisto o sentido autêntico da educação cristã: ela é o fruto de uma colaboração que se deve procurar sempre entre os educadores e Deus. A família cristã está consciente de que os filhos são dom e projeto de Deus. Portanto, não os podemos considerar como posse pessoal, mas, servindo neles o desígnio de Deus, é chamada a educá-los na maior liberdade, que é precisamente a de dizer “sim” a Deus para fazer a sua vontade. A Virgem Maria é deste “sim” o exemplo perfeito. A ela confiamos todas as famílias, rezando sobretudo pela sua preciosa missão educativa.
O Papa Francisco, na oração do Ângelus no dia da Festa da Sagrada Família de 2015, nos ensinou que “do exemplo e do testemunho da Sagrada Família, cada família pode obter indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida, e pode haurir força e sabedoria para o caminho de cada dia”. Ouçamos o Papa Francisco: [5]
O Evangelho de hoje convida as famílias a descobrir a luz de esperança que provém da casa de Nazaré, na qual se desenvolveu com alegria a infância de Jesus, o qual — diz são Lucas — «crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens» (2, 52). O núcleo familiar de Jesus, Maria e José é para cada crente, especialmente para as famílias, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos o cumprimento do desígnio divino de tornar a família uma especial comunidade de vida e de amor. Aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser «igreja doméstica», para fazer resplandecer as virtudes evangélicas e tornar-se fermento de bem na sociedade. Os traços típicos da Sagrada Família são: recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade.
Do exemplo e do testemunho da Sagrada Família, cada família pode obter indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida, e pode haurir força e sabedoria para o caminho de cada dia. Nossa Senhora e São José ensinam a acolher os filhos como dons de Deus, a gerá-los e educá-los cooperando de forma maravilhosa na obra do Criador e doando ao mundo, em cada criança, um novo sorriso. É na família unida que os filhos levam a sua existência ao amadurecimento, vivendo a experiência significativa e eficaz do amor gratuito, da ternura, do respeito recíproco, da compreensão mútua, do perdão e da alegria.
Que o exemplo da Sagrada Família de Nazaré nos inspire nos ilumine e nos apoie em caminhada de cada dia e, em especial, em nossa preparação para o Jubileu 2025.
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as os ensinamentos do Papa Bento XVI e Papa Francisco contidos nesta Semente de Espiritualidade Josefina.
5 Compromisso do Mês
Procurar conhecer como a sua Comunidade Paroquial está se preparando para o Jubileu 2025 e propor, na medida em que isso parecer oportuno, que as Sementes de Espiritualidade Josefina sejam disponibilizadas aos que coordenam esta preparação.
6 Oração Final
[1] Papa Francisco. Festa da Sagrada Família de Nazaré. 27/12/2015
[2] Na Casa de Nazaré Deus está verdadeiramente no centro. Centro Internacional Josefino-Marelliano. Semente de Espiritualidade Josefina de dezembro de 2023.
[3] A Jesus, a Maria e a José confio cada família. Centro Internacional Josefino-Marelliano. Semente de Espiritualidade Josefina de janeiro de 2024.
[4] Papa Bento XVI. Angelus. Festa da Sagrada Família de Nazaré. 27/12/2009
[5] Papa Francisco. Angelus. Festa da Sagrada Família de Nazaré. 27/12/2015
