A humilde casa de Nazaré é uma autêntica escola do Evangelho (Semente de Espiritualidade Josefina. Abril/2024)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

A humilde casa de Nazaré é uma autêntica escola do Evangelho

A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena “igreja doméstica”, onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares. [1] (Papa São João Paulo II)

O Papa São João Paulo II, por ocasião do Ano da Família celebrado em 1994, nos ensina que a “Sagrada Família, ícone e modelo de cada família humana”. Nesta ocasião o Papa utiliza um belíssimo título ao referir-se à Maria como “Mãe do belo amor”. Ouçamos Papa São João Paulo II [2]

“A Sagrada Família, ícone e modelo de cada família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna de vida! Maria, Mãe do belo amor, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção! Com estes sentimentos, abençoo cada família em nome da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Papa São João Paulo II)

O Papa São João Paulo II, em sua Homilia de 31/12/1978, nos ensina que a “Família de Nazaré constitui efetivamente o ponto de referência culminante para a santidade de todas as famílias humanas”. Ouçamos Papa São João Paulo II [3]:

A Família de Nazaré, que a Igreja, sobretudo na Liturgia hodierna, apresenta aos olhos de todas as famílias, constitui efetivamente o ponto de referência culminante para a santidade de todas as famílias humanas. A história desta Família está descrita nas páginas do Evangelho de modo muito conciso. Ali nos são dados a conhecer só alguns acontecimentos da sua vida. Contudo, aquilo que conhecemos é suficiente para envolver os momentos fundamentais da vida de cada família, e para fazer sobressair a dimensão a que são chamados todos os homens que vivem a vida familiar: Pais, Mães e Filhos. O Evangelho mostra-nos, com grande clareza, o perfil educativo da família. Voltou para Nazaré e era-lhes submisso (Lc 3. 51). É bem necessária, por parte das crianças e da geração jovem, esta “submissão”, esta obediência, esta prontidão em aceitar os sábios exemplos do comportamento humano da família. Também Jesus estava assim “submetido”. E por esta “submissão”, por esta prontidão da criança em aceitar os exemplos do comportamento humano, devem também os pais medir o seu próprio comportamento.

Este é o ponto mais delicado da sua responsabilidade de pais, da sua responsabilidade relativamente ao homem, este pequenino que se vai fazendo homem e que lhes foi confiado pelo próprio Deus. Devem ainda ter presente tudo o que aconteceu na vida da Família de Nazaré quando Jesus tinha doze anos: eles educam o próprio filho não só para si mesmos, mas para ele, para as tarefas que mais tarde ele deverá assumir. Jesus, aos doze anos, respondeu a Maria e a José: Não sabíeis que eu devo ocupar-me das coisas de meu Pai? (Lc 2, 49).

Em seu ensinamento durante a oração do Ângelus, no dia da Festa da Sagrada Família em 2008, o Papa Bento XVI comenta sobre a importância da família para a sociedade humana e destaca também uma importante missão da Sagrada Família: nos lembrar que somos “destinados ao Céu”. Ouçamos o Papa: [4]

Jesus quis nascer e crescer numa família humana; teve a Virgem Maria como mãe e José que lhe fez de pai; eles cresceram-no e educaram-no com imenso amor. A família de Jesus merece deveras o título de “santa”, porque está totalmente absorvida pelo desejo de cumprir a vontade de Deus, encarnada na adorável presença de Jesus. Por um lado, é uma família como todas e, como tal, é modelo de amor conjugal, de colaboração, de sacrifício, de entrega à divina Providência, de laboriosidade e de solidariedade, em suma, de todos aqueles valores que a família guarda e promove, contribuindo de modo primordial para formar o tecido de cada sociedade. Mas, ao mesmo tempo, a Família de Nazaré é única, diversa de todas, pela sua singular vocação ligada à missão do Filho de Deus. Precisamente com esta sua unicidade ela indica a cada família, em primeiro lugar às famílias cristãs, o horizonte de Deus, a primazia doce e exigente da sua vontade, a perspectiva do Céu para o qual somos destinados. Por tudo isto hoje damos graças a Deus, mas também à Virgem Maria e a São José, que com tanta fé e disponibilidade cooperaram para o desígnio de salvação do Senhor.

O Papa São João Paulo II, em seu pronunciamento durante a oração do Ângelus no dia Festa da Sagrada Família em 2001, nos ensina que “a humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Ouçamos o Santo Papa: [5]

Da gruta de Belém, onde naquela Noite Santa nasceu o Salvador, o olhar volta-se hoje para a humilde casa de Nazaré, para contemplar a Santa Família de Jesus, Maria e José, cuja festa celebramos, no clima festivo e familiar do Natal. O Redentor do mundo quis escolher a família como lugar do seu nascimento e do seu crescimento, santificando assim esta instituição fundamental de todas as sociedades. O tempo passado em Nazaré, o mais longo da sua existência, permanece envolto por uma grande discrição e dele poucas notícias nos são transmitidas pelos evangelistas. Se, porém, desejamos compreender mais profundamente a vida e a missão de Jesus, devemos aproximar-nos do mistério da Santa Família de Nazaré para ver e ouvir. A liturgia de hoje oferece-nos para isso uma oportunidade providencial.

A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena “igreja doméstica”, onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as os ensinamentos dos Papas Bento XVI e São João Paulo II contidos nesta Semente de Espiritualidade Josefina.

5 Compromisso do Mês

Motivar sua Família ou Comunidade para que, na medida do possível, seja colocada em destaque a imagem da Sagrada Família de Nazaré.

6 Oração Final


[1] Papa São João Paulo II. Ângelus. 30/12/2001. Festa da Sagrada Família

[2] Carta do Papa São João Paulo II às Famílias. 02/02/1994. Item 23.

[3] Papa São João Paulo II. Homilia em 31/12/1978.

[4] Papa Bento XVI. Ângelus. 28/12/2008. Festa da Sagrada Família

[5] Papa São João Paulo II. Ângelus. 30/12/2001. Festa da Sagrada Família

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