Jesus, eu confio em Vós e em vossa Divina Misericórdia (Sementes de Espiritualidade Josefina. Janeiro/2025)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Jesus, eu confio em Vós e em vossa Divina Misericórdia

Maria! Sem vós, Mãe amantíssima, como teremos nós, pobres crianças, coragem de nos aventurar por caminhos desconhecidos? Jesus, Maria, José, Anjos e Santos nossos Protetores, queremos caminhar convosco. Qual é o caminho mais seguro? [1] (São José Marello)

O Papa Francisco, na Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025, nos ensina que “a imagem da âncora é sugestiva para compreender a estabilidade e a segurança que possuímos no meio das águas agitadas da vida, se nos confiarmos ao Senhor Jesus”. Vejamos: [2]

No caminho rumo ao Jubileu, voltemos à Sagrada Escritura e sintamos, dirigidas a nós, estas palavras: «Nós que procuramos refúgio n’Ele, encontramos grande estímulo agarrando-nos à esperança proposta. Nessa esperança, temos como que uma âncora segura e firme da alma, que penetra até ao interior do véu, onde Jesus entrou como nosso precursor» (Heb 6, 18-20). É um forte convite a nunca perder a esperança que nos foi dada, a mantê-la firme, encontrando refúgio em Deus.

A imagem da âncora é sugestiva para compreender a estabilidade e a segurança que possuímos no meio das águas agitadas da vida, se nos confiarmos ao Senhor Jesus. As tempestades nunca poderão prevalecer, porque estamos ancorados na esperança da graça, capaz de nos fazer viver em Cristo, superando o pecado, o medo e a morte. Esta esperança, muito maior do que as satisfações quotidianas e as melhorias nas condições de vida, transporta-nos para além das provações e exorta-nos a caminhar sem perder de vista a grandeza da meta a que somos chamados: o Céu.

Para compreendermos bem a recomendação do Papa Francisco no sentido de que “a imagem da âncora é sugestiva para compreender a estabilidade e a segurança que possuímos no meio das águas agitadas da vida, se nos confiarmos ao Senhor Jesus”, vejamos a explicação sobre o logotipo do Jubileu 2025 apresentada pelo site oficial do Vaticano sobre o Jubileu: [3]

O logotipo representa quatro figuras estilizadas para indicar a humanidade dos quatro cantos da Terra. As figuras estão abraçadas cada uma à outra, para indicar a solidariedade e a fraternidade que unem os povos. O que está à frente está agarrado à cruz. É o sinal não só da fé que abraça, mas da esperança que nunca pode ser abandonada, porque precisamos dela sempre e sobretudo nos momentos de maior necessidade.

Observemos as ondas que estão em baixo e que se movem, para indicar que a peregrinação da vida nem sempre se move em águas tranquilas. Muitas vezes eventos pessoais e eventos mundiais impõem com maior intensidade o chamamento à esperança. É por isso que devemos prestar atenção à parte inferior da cruz, que se prolonga, transformando-se numa âncora, que se impõe ao tumulto das ondas. Como se sabe, a âncora tem sido muitas vezes usada como metáfora da esperança. A âncora da esperança, na verdade, é o nome que na gíria marítima é dado à âncora de reserva, utilizada pelas embarcações em manobras de emergência para estabilizar o barco durante as tempestades.

Não ignoremos o fato que a imagem mostra como o caminho do peregrino não é um acontecimento individual, mas comunitário, com a marca de um dinamismo crescente que tende cada vez mais para a Cruz. A Cruz não é de modo algum estática, mas também ela dinâmica, curva-se para a humanidade como que para ir ao seu encontro e não a deixar sozinha, mas oferecendo a certeza da presença e a segurança da esperança.

Finalmente, vê-se claramente o lema do Jubileu de 2025 com a cor verde: Peregrinantes em Spem.

O Papa Francisco, também na Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025, nos ensina que fundamentados na esperança em Deus, podemos encontrar a base para uma esperança mais abrangente. Vejamos: [4]

Portanto, o próximo Jubileu há de ser um Ano Santo caraterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação. Que o testemunho crente seja fermento de esperança genuína no mundo, anúncio de novos céus e nova terra (cf. 2 Ped 3, 13), onde habite a justiça e a harmonia entre os povos, visando a realização da promessa do Senhor.

Deixemo-nos, desde já, atrair pela esperança, consentindo-lhe que, por nosso intermédio, se torne contagiosa para quantos a desejam. Possa a nossa vida dizer-lhes: «Confia no Senhor! Sê forte e corajoso, e confia no Senhor» (Sal 27, 14). Que a força da esperança encha o nosso presente, aguardando com confiança o regresso do Senhor Jesus Cristo, a Quem é devido o louvor e a glória agora e nos séculos futuros.

Apesar da motivação do Papa Francisco pode acontecer de nossos corações olharem para os dias agitados e desafiadores que vivemos e sentirmos que, sozinhos, não conseguiremos enfrentar com confiança e esperança tais desafios. Se for este o caso, é preciso relembrar que não estamos sozinhos. O Cristão nunca está sozinho. Ouçamos estes sábios ensinamentos de São José Marello: [5]

Maria! Sem vós, Mãe amantíssima, como teremos nós, pobres crianças, coragem de nos aventurar por caminhos desconhecidos? Jesus, Maria, José, Anjos e Santos nossos Protetores, queremos caminhar convosco. Qual é o caminho mais seguro? (São José Marello)

Indica-nos, ó José, o caminho, sustenta-nos a cada passo e conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mau o caminho, enxergue-se ou não a meta com a vista humana, contigo, São José, estamos certos de que sempre caminhamos bem. (São José Marello)

Com José e com Maria, digamos com confiança: Jesus, eu confio em Vós e em vossa Divina Misericórdia. Ajuda-nos a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras do Papa Francisco e de São José Marello contidas nesta Semente de Espiritualidade Josefina.

5 Compromisso do Mês

Preparar-se, celebrar bem a Festa dos Santos Esposos (23 de janeiro), e refletir neste dia sobra a confiança que podemos depositar na Sagrada Família de Nazaré.

6 Oração Final


[1] São José Marello. Carta 26.

[2] Spes non confundit. Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025. Item 25.

[3] Logotipo do Jubileu. https://www.iubilaeum2025.va/pt/giubileo-2025/logo.html

[4] Spes non confundit. Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025. Item 25.

[5] São José Marello. Carta 26.

Deixe um comentário