
1 Acolhida
2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
Caminhemos sob o olhar de São José nosso Pai educador
“A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena “igreja doméstica”, onde devem resplandecer as virtudes evangélicas”. [1] (Papa São João Paulo II)
O Papa Bento XVI, durante a Oração do Ângelus do dia 19 de março de 2006, destaca dois aspectos muito importantes sobre a pessoa de São José. Inicialmente o Papa Bento XII ensina que “o exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou”.
Na mesma ocasião o Papa Bento XVI exorta os casais ao zelo pelo relacionamento conjugal e pela sua missão educativa. Disse ele: “penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa”. Vejamos na íntegra o pronunciamento do Papa Bento XVI naquele dia pois ele apresenta preciosos ensinamento para caminharmos sob o olhar de São José, nosso Pai educador. Vejamos:
“Celebra-se hoje, 19 de março (2006), a solenidade de São José, mas coincidindo com o terceiro Domingo de Quaresma, a sua celebração litúrgica foi adiada para amanhã. Contudo, o contexto mariano do Angelus convida a deter-se hoje em veneração sobre a figura do esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e Padroeiro da Igreja universal. Apraz-me recordar que era muito devoto de São José também o amado Papa João Paulo II, o qual lhe dedicou a Exortação apostólica Redemptoris Custos Guarda do Redentor e certamente experimentou a sua assistência na hora da morte.
A figura deste grande Santo, mesmo sendo bastante escondida, reveste na história da salvação uma importância fundamental. Antes de tudo, pertencendo ele à tribo de Judá, ligou Jesus à descendência davídica, de forma que, realizando as promessas sobre o Messias, o Filho da Virgem Maria se pôde tornar verdadeiramente “filho de David”. O Evangelho de Mateus, de modo particular, ressalta as profecias messiânicas que encontraram cumprimento mediante o papel de José: o nascimento de Jesus em Belém (2, 1-6); a sua passagem através do Egipto, onde a Sagrada Família se tinha refugiado (2, 13-15); a alcunha “Nazareno” (2, 22-23). Em tudo isto ele demonstrou-se, ao mesmo nível da esposa Maria, herdeiro autêntico da fé de Abraão: fé no Deus que guia os acontecimentos da história segundo o seu misterioso desígnio salvífico. A sua grandeza, ao mesmo nível da de Maria, sobressai ainda mais porque a sua missão se desempenhou na humildade e no escondimento da casa de Nazaré. De resto, o próprio Deus, na Pessoa do seu Filho encarnado, escolheu este caminho e este estilo a humildade e o escondimento na sua existência terrena.
O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. Aos sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afeto e dedicação total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da salvação.” [2] (Papa Bento XVI)
O Papa São João Paulo II, em seu pronunciamento durante a oração do Ângelus no dia Festa da Sagrada Família em 2001, nos ensina que “a humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Ouçamos o Santo Papa:
Da gruta de Belém, onde naquela Noite Santa nasceu o Salvador, o olhar volta-se hoje para a humilde casa de Nazaré, para contemplar a Santa Família de Jesus, Maria e José, cuja festa celebramos, no clima festivo e familiar do Natal. O Redentor do mundo quis escolher a família como lugar do seu nascimento e do seu crescimento, santificando assim esta instituição fundamental de todas as sociedades. O tempo passado em Nazaré, o mais longo da sua existência, permanece envolto por uma grande discrição e dele poucas notícias nos são transmitidas pelos evangelistas. Se, porém, desejamos compreender mais profundamente a vida e a missão de Jesus, devemos aproximar-nos do mistério da Santa Família de Nazaré para ver e ouvir. A liturgia de hoje oferece-nos para isso uma oportunidade providencial.
A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena “igreja doméstica”, onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares. [3] (Papa São João Paulo II)
É em São José que devemos procurar o exemplo e a força, como companheiro de caminhada, para exercermos com dignidade e eficácia nossa missão paterna e educadora. Como nos ensinou o Papa Francisco, São José é o nosso modelo de pai educador:
Hoje, 19 de março (2014), celebramos a festa solene de São José, Esposo de Maria e Padroeiro da Igreja universal.., e gostaria de retomar o tema da proteção, a partir de uma perspectiva particular: a perspectiva da educação. Olhemos para José como o modelo do educador, que protege e acompanha Jesus no seu caminho de crescimento, «em sabedoria, idade e graça», como reza o Evangelho de Lucas (2, 52). Ele era o pai de Jesus: o pai de Jesus era Deus, mas ele desempenhava o papel de pai de Jesus, era pai de Jesus para fazê-lo crescer. E como o fez crescer? Em sabedoria, idade e graça. E podemos procurar utilizar precisamente estas três palavras — sabedoria, idade e graça — como uma base para a nossa reflexão. [4] (Papa Francisco)
Nas estradas da vida, caminhemos sob o olhar de São José nosso Pai educador, e roguemos para que nos ajude na importante missão educadora e a viver as virtudes indicadas pelo Papa São João Paulo II: recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade.
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa Bento XVI e de São João Paulo II contidas nesta edição de Semente de Espiritualidade Josefina.
5 Compromisso do Mês
Renovar a consagração aos Santos Esposos José e Maria e pedir-lhes a graça de realizarmos com fervor e gratidão as orações em família ou comunidade de vida.
6 Oração Final
[1] Papa São João Paulo II. Ângelus. 30/12/2001. Festa da Sagrada Família.
[2] Papa Bento XVI. Ângelus. 19 de março de 2006.
[3] Papa São João Paulo II. Ângelus. 30/12/2001. Festa da Sagrada Família.
[4] Papa Francisco. Audiência Geral. 19 de março de 2014.
