Com coração de pai: assim José amou a Jesus (Semente de Espiritualidade Josefina. Fevereiro/2021)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Com coração de pai: assim José amou a Jesus.

O objetivo desta carta apostólica é aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”.[1] (Papa Francisco).

Estamos no Ano de São José[2] e, em sua Carta Apostólica “Patris Corde”[3] (Coração de Pai) o Papa Francisco nos relembra que nos quatro Evangelhos Jesus foi apresentado como Filho de José, e que José teve a coragem de assumir esta missão paterna, confiando na exortação do Anjo: Não temas[4]”. Vejamos:

Com coração de pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como «o filho de José».

Os dois evangelistas que puseram em relevo a sua figura, Mateus e Lucas, narram pouco, mas o suficiente para fazer compreender o gênero de pai que era e a missão que a Providência lhe confiou.

Sabemos que era um humilde carpinteiro (cf. Mt 13, 55), desposado com Maria (cf. Mt 1, 18; Lc 1, 27); um «homem justo» (Mt 1, 19), sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei (cf. Lc 2, 22.27.39) e através de quatro sonhos (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19.22). Depois duma viagem longa e cansativa de Nazaré a Belém, viu o Messias nascer num estábulo, «por não haver lugar para eles» (Lc 2, 7) noutro sítio. Foi testemunha da adoração dos pastores (cf. Lc 2, 8-20) e dos Magos (cf. Mt 2, 1-12), que representavam respetivamente o povo de Israel e os povos pagãos.

Teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, a quem deu o nome revelado pelo anjo: dar-Lhe-ás «o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1, 21). Entre os povos antigos, como se sabe, dar o nome a uma pessoa ou a uma coisa significava conseguir um título de pertença, como fez Adão na narração do Génesis (cf. 2, 19-20). (Papa Francisco).

Além do objetivo maior de nos apresentar José como verdadeiro Pai de Jesus, e que José o amor como todo o amor que um pai pode ter por seu filho, o próprio Papa Francisco na “Patris Corde” destaca um outro objetivo específico da Carta Apostólica: “aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”[5]. Vejamos:

«Levanta-te, toma o menino e sua mãe» (Mt 2, 13): diz o anjo da parte de Deus a são José.

O objetivo desta carta apostólica é aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo.

Com efeito, a missão específica dos Santos não é apenas a de conceder milagres e graças, mas de interceder por nós diante de Deus, como fizeram Abraão e Moisés, como faz Jesus, «único mediador» (1 Tm 2, 5), que junto de Deus Pai é o nosso «advogado» (1 Jo 2, 1), «vivo para sempre, a fim de interceder por [nós]» (Heb 7, 25; cf. Rm 8, 34).

Os Santos ajudam todos os fiéis «a tender à santidade e perfeição do próprio estado». A sua vida é uma prova concreta de que é possível viver o Evangelho.

À semelhança de Jesus que disse: «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), também os Santos são exemplos de vida que havemos de imitar. A isto nos exorta explicitamente São Paulo: «Rogo-vos, pois, que sejais meus imitadores» (1 Cor 4, 16). O mesmo nos diz São José através do seu silêncio eloquente.

Estimulado com o exemplo de tantos Santos e Santas diante dos olhos, Santo Agostinho interrogava-se: «Então não poderás fazer o que estes e estas fizeram?» E, assim, chegou à conversão definitiva exclamando: «Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!»

Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão. Dirijamos-lhe a nossa oração:

Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. Amém.

Como vimos em edições anteriores das Sementes de Espiritualidade Josefina[6], “na plenitude dos tempos Deus confiou a guarda de seus tesouros mais preciosos a São José. Nos tempos atuais confia à Sagrada Família de Nazaré o cuidado deste tesouro tão precioso que é a família humana”. Nas próximas edições refletiremos sobre as orientações do Papa Francisco na Carta Apostólica “Patris Corde” para que possamos nos incentivarmos mutuamente sobre como podemos, na prática, “aumentar (entre nos) o amor por este grande Santo (São José), para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”.

4 Reflexão e Partilha

Partilhar sobre as palavras dos Papas Francisco: “O objetivo desta carta apostólica é aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo. Com efeito, a missão específica dos Santos não é apenas a de conceder milagres e graças, mas de interceder por nós diante de Deus, como fizeram Abraão e Moisés, como faz Jesus, «único mediador», que junto de Deus Pai é o nosso «advogado», «vivo para sempre, a fim de interceder por [nós]». Os Santos ajudam todos os fiéis «a tender à santidade e perfeição do próprio estado». A sua vida é uma prova concreta de que é possível viver o Evangelho”.

5 Compromisso do Mês

Em preparação para o Mês de São José, rezamos diariamente a oração proposta pelo Papa Francisco e transcrita acima.

6 Oração Final


[1] Carta Apostólica PATRIS CORDE do Papa Francisco por ocasião do 150º Aniversário da Declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja. (Papa Francisco, 08/12/2020)66.

[2] Período de 18/12/2020 a 18/12/2021 conforme determinação do Papa Francisco.

[3] Carta Apostólica PATRIS CORDE do Papa Francisco. Idem.

[4] “José, Filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”. (Mateus 1, 20-21)

[5] Carta Apostólica PATRIS CORDE do Papa Francisco. Idem.

[6] Centro Internacional Josefino-Marelliano. Semente de Espiritualidade Josefina. Edição de janeiro de 2021.

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